Mazi Capital

Bitcoin é o ouro digital?

Já pensou em ter uma moeda que não perde valor ao longo dos anos? Isso é algo bastante raro no mundo das finanças! Não é por acaso que essa característica torna o Bitcoin ainda mais atraente para aqueles que buscam preservar o valor dos seus ativos a longo prazo.

Quero ficar por dentro das melhores oportunidades de investimentos!

O Bitcoin é a primeira e a mais conhecida criptomoeda do mundo. Surgiu em 2009 e desde então tem conquistado corações e mentes de diversos investidores. O criador do Bitcoin é um mistério! Usando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, essa figura enigmática lançou a moeda virtual e desapareceu sem deixar rastros. Uma verdadeira lenda do mundo digital!

Indo bem além desse mistério, a pergunta para a qual você provavelmente chegou a esse artigo é: por que tantas pessoas investem em Bitcoin?

Qual a importância do Bitcoin?

Nos últimos anos, o Bitcoin (BTC) se consolidou como uma das principais inovações financeiras do século XXI. Bitcoin não é apenas uma moeda digital, é também um fenômeno global que desafia sistemas financeiros tradicionais e levanta questões sobre o futuro das finanças. Neste artigo, vamos explorar o que é o Bitcoin, como ele funciona, seu potencial como ativo de investimento e os desafios que enfrenta.

O Bitcoin é uma moeda digital descentralizada, ou seja, não é controlada por nenhum governo, banco central ou instituição financeira. Seu principal diferencial é o uso de uma tecnologia chamada blockchain, que permite registrar todas as transações em um livro contábil digital, imutável e distribuído. Isso garante que o Bitcoin seja transparente, seguro e, teoricamente, à prova de fraudes.

Ao contrário das moedas tradicionais, que podem ser criadas ou manipuladas por autoridades centrais, o número de Bitcoins é limitado a 21 milhões. Isso cria uma escassez programada que, muitos acreditam, pode tornar o Bitcoin um ativo de preservação de valor, similar ao ouro.

A adoção do Bitcoin está crescendo globalmente, e vários países têm experimentado diferentes formas de integrar ou regular a criptomoeda em suas economias. Em El Salvador, o Bitcoin foi adotado como moeda oficial em 2021, um experimento que chamou a atenção de investidores e autoridades econômicas em todo o mundo.

Entretanto, nem todos os governos estão tão entusiasmados com a criptomoeda. Alguns países, como China e Índia, têm mostrado resistência ao Bitcoin, seja devido ao seu potencial para facilitar atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, ou por preocupações com sua volatilidade e o impacto ambiental da mineração.

Como o Bitcoin funciona?

Para entender o funcionamento do Bitcoin, é importante entender alguns conceitos chaves:

Blockchain: é uma tecnologia que permite a verificação e registro de transações sem a necessidade de um intermediário. Ela é composta por uma cadeia de blocos, na qual cada bloco contém um conjunto de transações validadas por participantes da rede (os chamados "mineradores"). Cada novo bloco é vinculado ao anterior, criando uma cadeia inquebrável de registros, o que torna as transações no Bitcoin praticamente impossíveis de serem alteradas retroativamente.

Mineração: a "mineração" é o processo através do qual novos Bitcoins são criados e transações são validadas. Os mineradores competem para resolver problemas matemáticos complexos que exigem grande poder computacional. Como recompensa, eles recebem novos Bitcoins e taxas de transação. A mineração também garante a segurança da rede, já que a validação de transações é descentralizada.

Descentralização: ao contrário das moedas fiduciárias, que são emitidas e controladas por governos, o Bitcoin opera de forma descentralizada. Isso significa que não há uma única autoridade que possa manipular seu valor ou sua distribuição. Em vez disso, a segurança e a integridade da rede são mantidas por milhares de computadores (nós) espalhados pelo mundo.

Por que o Bitcoin pode te defender contra a inflação?

Vamos começar pela escassez: essa é uma das características únicas do Bitcoin - a sua oferta é limitada. Diferente de moedas tradicionais, como o dólar, o Bitcoin tem um limite máximo de 21 milhões de unidades. Isso cria uma dinâmica interessante de escassez, o que se configura como um fator crucial para o seu valor.

Vamos pensar nisso de forma prática: se existe uma coisa em quantidade limitada e a demanda por ela aumenta, o que acontece com o seu valor? Bingo! O preço dela tende a se valorizar.

Isso tem tudo a ver com o conceito de inflação. As moedas governamentais são inflacionárias, porque não têm um limite para a sua emissão. Governos podem imprimir mais dinheiro, aumentando a oferta sem que haja fundamentos econômicos para isso, o que gera inflação.

No caso do Bitcoin, não existe essa capacidade de expansão descontrolada. Com o tempo, a criação de novos Bitcoins diminui, tornando a oferta cada vez mais escassa. Por isso, o Bitcoin é deflacionário, justamente por conta dessa limitação de unidades desde a sua criação.

Então, o Bitcoin é mais parecido com metais preciosos que são escassos, como é o caso do ouro, que também são considerados ativos deflacionários.

Isso já nos leva a outro fator que torna o Bitcoin atrativo: a descentralização.

O Bitcoin é descentralizado, não é controlado por um governo ou instituição financeira central. Isso traz uma liberdade única para os investidores, que têm controle total sobre as suas próprias transações.

É como ter o próprio banco na palma da mão, sem intermediários controlando suas finanças. É uma espécie de revolução financeira que está acontecendo!

Bitcoin é fascinante, não é mesmo? Eu costumo dizer que Bitcoin é o ouro digital.

O que esperar do preço do Bitcoin?

Para projetar estimativas para o seu preço, é importante saber que o Bitcoin é classificado como uma commodity e não como um valor mobiliário. Isso significa que assim como outras commodities, como minério de ferro, ouro ou petróleo, o preço do Bitcoin é formado com base nos níveis de oferta e de demanda do mercado.

Ou seja, não é como uma empresa para a qual podemos fazer um modelo de precificação, um valuation, com fluxo de caixa descontado, por exemplo, estimando o valor justo por ação e da companhia como um todo. O preço do Bitcoin não pode ser projetado dessa forma.

Como afinal é possível fazer estimativas para o preço do Bitcoin?

É muito simples: como mostrado inicialmente, o Bitcoin tem uma quantidade limitada, finita, de 21 milhões de unidades, sendo que o último Bitcoin será minerado por volta do ano de 2.140. Portanto, se a quantidade de Bitcoins é finita e a demanda por ele aumenta, logo, o preço dessa criptomoeda sobe.

Agora vamos pensar nos fatores que podem tracionar os preços do Bitcoin para cima (ou que seja para baixo, a depender do cenário). Dessa forma, buscando antever tendências de mercado, nós podemos traçar projeções tentando prever o patamar de preços que o Bitcoin pode vir a alcançar num certo período de tempo.

Na minha visão, a perspectiva para a cotação do Bitcoin é de valorização a longo prazo. Porque, além dos fundamentos do próprio Bitcoin, de escassez e de descentralização, à medida que mais pessoas reconheçam o seu potencial e adotem a criptomoeda, a pressão de oferta e demanda pode contribuir para aumentos significativos de preço.

Aprovação de ETFs de Bitcoin à vista

Mais um fator que tende a impactar os níveis de oferta e demanda favorecendo altas nos preços do Bitcoin é a aprovação de ETFs à vista pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, que funciona de forma similar à CVM aqui no Brasil.

Uma pausa para entender o que são esses ETFs que foram aprovados: ETFs são fundos negociados em Bolsa de Valores, cuja gestão é passiva, ou seja, o seu objetivo é acompanhar um determinado índice de mercado, por isso nós dizemos que são fundos indexados. Um exemplo são os preços de uma commodity, como o ouro. Se você quer se expor à variação na cotação do ouro, você não precisa se dar ao trabalho de comprar e estocar esse metal tão valioso, basta você comprar na Bolsa um ETF que busca replicar o desempenho do ouro. É tão simples quanto comprar a ação de uma empresa.

Voltando à notícia de 10 de janeiro de 2024: as gestoras de recursos podem desde então ofertar esse tipo de fundos, os ETFs, que são indexados ao preço do Bitcoin. O que antes não era permitido. Foram cerca de 10 anos aguardando por essa autorização. E você deve estar se perguntando: qual a importância disso?

O ponto é que a demanda institucional tem um potencial extraordinário, ela pode ser muito positiva para o preço do Bitcoin. Anteriormente, diversos investidores institucionais não conseguiam se expor à essa criptomoeda e agora, através do investimento nesses ETFs, eles terão essa possibilidade nos Estados Unidos, o mercado mais importante do mundo.

E o que as maiores gestoras de recursos do mundo têm a ver com isso? Como são grandes players, essas gestoras globais captam e movimentam fluxos gigantescos de capital e, uma vez que estão autorizadas a oferecer ETFs à vista de Bitcoin dentro dos Estados Unidos, isso tende a impulsionar uma valorização massiva do preço do Bitcoin ao longo do tempo. A ausência dessa permissão travava essa grande avenida de crescimento para o mercado de criptoativos.

Veja bem, existe um detalhe especial nessa novidade: a autorização se refere à negociação no mercado à vista, ou em inglês, spot, permitindo que os gestores de ETFs negociem o Bitcoin diretamente, comprando e vendendo essa criptomoeda à vista. Portanto, não estamos falando da negociação em mercados futuros, que não impactam o preço à vista do ativo objeto. Pelo contrário, essa permissão da SEC se refere à negociação no mercado à vista, o que tem impacto sobre o preço do Bitcoin em si, uma vez que os fluxos negociados pelas gestoras de ETFs irão movimentar os níveis de oferta e demanda de Bitcoin.

É por conta dessa nova autorização que os participantes do mercado de criptoativos ansiavam enormemente por esse acontecimento e, é por isso, que tantas pessoas nutrem a expectativa de que a entrada no mercado de novos ETFs à vista consiga atrair dezenas de bilhões de dólares de investidores institucionais, os quais anteriormente não tinham fácil acesso à criptomoeda, o que tem o potencial de impulsionar o preço do Bitcoin para cima. São esperados mais de 100 bilhões de dólares deste segmento institucional.

A autorização da SEC também cria um cenário de maior credibilidade e de confiança para se investir em Bitcoin: afinal, pessoas que ainda guardavam algum receio tendem a diminuir o medo e estarem mais propensas, mais dispostas a investir em Bitcoin. O que é excelente, porque pode trazer mais recursos, maior liquidez e inclusive o aumento de inovação para esse mercado, favorecendo a valorização do Bitcoin.

Mais do que isso, na segunda semana de janeiro de 2024, antes mesmo da SEC anunciar a aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista, houve uma série de registros de empresas que, pela primeira vez na história, divulgaram as taxas de administração que planejam cobrar sobre os novos ETFs. Isso serviu de combustível para o mercado de criptoativos, elevando o preço do Bitcoin, porque além de taxas bastante baixas, diversos provedores manifestaram a intenção de renunciar completamente às taxas de administração, ou seja, zerando as taxas para os seus cotistas, por determinados períodos e para uma quantidade específica de ativos sob gestão. Isso animou ainda mais os investidores diante da possibilidade de entrada de mais recursos do que o esperado nos ETFs, o que pode destravar novas altas de preços para o Bitcoin.

Ambos os fatores, a aprovação de ETFs à vista e taxas baixíssimas ou até mesmo zeradas, podem fazer com que o preço do Bitcoin venha a continuar surfando uma forte tendência de alta, não somente como aconteceu em 2023 e no início de 2024, o que foi mais propriamente um efeito das expectativas dos agentes do mercado especulando sobre a possibilidade da autorização dos ETFs, mas também nos próximos anos essa tendência pode evoluir mais, com as movimentações geradas pelo capital que irá circular através desses fundos indexados ao preço do Bitcoin.

Como a dinâmica da escassez impulsiona o preço do Bitcoin?

Um fator intrínseco à dinâmica de funcionamento do mercado de Bitcoin reside justamente naquela limitação que foi mencionada no início desse artigo: a escassez dessa criptomoeda. Devido à quantidade fixa de 21 milhões de Bitcoins que podem ser minerados, a valorização do Bitcoin é algo INEVITÁVEL com o passar do tempo, a longo prazo.

Um outro ponto que contribui para tornar a oferta mais escassa é o fato de que a maior parte dos Bitcoins estão entesourados nas mãos dos holders, ou como definido pela comunidade de cripto os “hodlers”. Isso significa que há investidores que mantêm a criptomoeda na carteira para mais longo prazo e, portanto, não estão interessados em vendê-la, pelo menos não por preços que consideram baixos. Dessa forma, o que circula de Bitcoin no mercado é uma menor parte, são frações de Bitcoin. À medida que a oferta de Bitcoin é escassa e a demanda por ele for crescente, naturalmente, poderemos observar a valorização do preço do Bitcoin.

O papel do Halving para a alta do Bitcoin

A tendência de alta do Bitcoin também pode ser fomentada pelo Halving, uma situação própria da dinâmica de funcionamento do Bitcoin, que acontece a cada 4 anos aproximadamente. Explicando: de forma análoga à mineração do ouro, ocorre a mineração de Bitcoins.

Na mineração de Bitcoin, máquinas com alto poder computacional permanecem ligadas 24 horas por dia resolvendo a criptografia da blockchain de Bitcoins até conseguir solucionar um novo bloco. É neste bloco que futuramente serão validadas as transações com Bitcoin. Os blocos possuem cerca de 1 megabyte e podem processar, no máximo, de 3 mil a 4 mil transações a depender do tamanho dos dados contidos neles. Quando um bloco é encontrado, ou no jargão deste mercado, quando um bloco é minerado, novas unidades de BTC são emitidas e enviadas à máquina que o minerar, o que é uma forma de recompensa reconhecendo o êxito do minerador responsável.

A cada 210 mil blocos minerados, acontece um Halving (do inglês, ‘reduzir pela metade’), que significa uma redução pela metade da recompensa paga aos mineradores de Bitcoin por bloco minerado.

Para você ter uma ideia, em 2009, quando esse mercado foi iniciado, pagava-se uma recompensa de 50 Bitcoins por cada bloco de Bitcoin que fosse minerado, o que ocorria em cerca de 10 minutos, a depender da força computacional empenhada e da dificuldade de mineração. Após 210 mil blocos minerados, em 2012, a recompensa por bloco minerado caiu para 25 Bitcoins. Em 2016, passou para 12,5 Bitcoins. Em 2020, foi para 6,25 Bitcoins, o equivalente a US$406,3 mil ou R$2,11 milhões (considerando um BTC a US$65 mil e o dólar a R$5,20). Mais recentemente, em 19 de abril de 2024, o bloco 840.000 foi minerado - conforme mostra a imagem abaixo - e a recompensa caiu para 3,125 Bitcoins por bloco, o que corresponde a US$212,5 mil ou R$1,23 milhão (considerando um BTC a US$68 mil e o dólar a R$5,80).

Fonte: Blockchain.com

Após o impacto inicial negativo do Halving, os mineradores acreditam que o setor passará por um rebalanceamento. Com a saída dos mineradores menos eficientes, a competição por novos blocos diminui, permitindo que a rentabilidade volte a crescer, embora em um ambiente mais concentrado e consolidado. A redução na recompensa de Bitcoins provocada pelo Halving leva a uma seleção natural dos agentes mais eficientes. Com isso, o Halving afeta inicialmente a rentabilidade de todos os mineradores, mas aqueles que enfrentam custos de energia mais altos são impactados de maneira mais acentuada e correm o risco de fechar suas operações.

Agora vamos à importância de acontecimentos como este. Quando ocorre, o Halving aumenta a escassez de Bitcoin, ele reduz o volume que poderá ser produzido. O fato que eu preciso chamar a sua atenção agora é que a cada novo Halving que ocorre, o seu impacto em relação à diminuição do volume produzido cai. Esse impacto já foi mais forte diante do primeiro Halving, foi forte mas nem tanto no segundo Halving e assim sucessivamente. Isso acontece porque a cada Halving que passa há uma quantidade maior de Bitcoins que já foram minerados, do que anteriormente, e o fluxo se torna mais baixo, reduzindo a relevância do impacto do Halving.

Em uma virada do Halving, também existe a possibilidade de diversos mineradores de Bitcoin, diante de recompensas menores, segurarem os estoques de Bitcoins que recebem, optando por não vendê-los neste momento de fluxo menor, aguardando uma janela de fluxo maior para efetuar a venda e ter ganhos maiores, inclusive para compensar as recompensas menores que eles passarão a ter e conseguir fechar a contabilidade da atividade de mineração com lucros mais satisfatórios. Isso se traduziria em um nível de oferta menor e, diante de maior demanda de pessoas e players buscando comprar a criptomoeda, isso ajudaria também a impulsionar o preço do Bitcoin para cima.

Interessante é que, o que mais importa aparentemente é que o Halving tem um efeito psicológico na mente das pessoas que conhecem o mercado de cripto, o que o torna também um evento com bastantes holofotes no mercado, ou seja, muitos players, influencers, veículos de mídia e investidores falando sobre o tema, o que tende a chamar a atenção de curiosos que podem entrar nesse mercado ou até mesmo de uma busca por aumentar a sua exposição por parte daqueles que já têm Bitcoin na carteira.

O impacto das taxas de juros nos EUA sobre o Bitcoin

Um último fator relevante para a perspectiva de alta do Bitcoin é a queda na taxa de juros americana: os membros do FOMC, o Comitê de Política Monetária americana, já iniciaram o ciclo de cortes nas taxas de juros referenciais nos Estados Unidos. Diante de juros menores, os títulos públicos americanos passam a oferecer remuneração cada vez menor, menos atrativa.

O que espera-se que, gradualmente, gere um movimento conhecido como risk-on, que implica na retirada de parte do capital alocado no mercado desses títulos, liberando recursos para serem destinados a outras classes de ativos, numa busca por maior risco em troca de retornos mais expressivos do que a rentabilidade que os títulos do governo americano são capazes de entregar. Nesse movimento, podemos ter maior demanda por Bitcoin, o que contribuiria para aumentar o seu preço.

Vale a pena investir em Bitcoin?

Ao longo dos anos, o Bitcoin tem demonstrado um incrível potencial de valorização. Muitos investidores se tornaram muito ricos graças às valorizações surpreendentes do Bitcoin. Se compararmos o Bitcoin a alguns ativos tradicionais, é possível perceber que a sua trajetória de crescimento é impressionante.

Você sabia que o primeiro preço de mercado do Bitcoin foi de alguns centavos? Agora, pense no que isso valeria hoje! Uma verdadeira montanha-russa!

Claro, com grandes oportunidades vêm grandes riscos. Não estou dizendo para você alocar tudo em Bitcoin! E sim, que dependendo do seu apetite a risco, vale ter exposição a essa criptomoeda.

Na minha visão, a perspectiva para a cotação do Bitcoin é de valorização a longo prazo. Porque, além dos fundamentos do próprio Bitcoin, de escassez e de descentralização, à medida que mais pessoas reconheçam o seu potencial e adotem a criptomoeda, a pressão de oferta e demanda pode contribuir para aumentos significativos de preço.

O futuro do Bitcoin é incerto, entretanto, a sua trajetória até agora sugere que ele está longe de ser uma moda passageira. Se o Bitcoin continuar a ganhar adoção como uma reserva de valor, um meio de pagamento ou até mesmo como base para outras inovações financeiras, ele poderá desempenhar um papel crucial no futuro das finanças globais.

Para que isso aconteça, o Bitcoin precisa superar vários desafios, como a sua alta volatilidade, a regulação governamental e questões técnicas, como escalabilidade e consumo de energia. A evolução do Bitcoin dependerá também da aceitação das massas e das empresas, bem como da inovação na tecnologia blockchain.

Se você já entende os fundamentos do Bitcoin e acredita neles como os grandes propulsores de altas nos preços a longo prazo, então, é válido ter exposição à essa criptomoeda de forma controlada, um percentual baixo a moderado em relação ao seu patrimônio, variando de acordo com a sua tolerância ao risco e com a disponibilidade para manter o capital aplicado.

Pense bem antes de investir! Vale para Bitcoin ou qualquer outro investimento que você tenha em vista e esteja considerando fazer.

Quais as vantagens de investir em Bitcoin?

Agora que você já entende a dinâmica de funcionamento da rede e da criptomoeda, reunimos as principais vantagens de se investir em Bitcoin a seguir:

1. Potencial de valorização: desde a sua criação, o Bitcoin tem experimentado valorização exponencial. Embora seja altamente volátil, muitos analistas e entusiastas de criptoativos acreditam que o BTC tem potencial de crescimento significativo a longo prazo, especialmente se a adoção global crescer.

2. Descentralização e segurança: a natureza descentralizada do Bitcoin significa que ele não está sujeito às políticas econômicas de um único país ou banco central. Isso o torna atraente em um mundo de incerteza política e econômica.

3. Hedge contra inflação: em certa medida, o Bitcoin pode ser considerado uma reserva de valor, semelhante ao ouro. A escassez programada do Bitcoin (apenas 21 milhões de unidades) e sua natureza descentralizada tornam-no uma boa proteção contra a inflação e a desvalorização das moedas tradicionais.

4. Facilidade de acesso e transferência: o Bitcoin pode ser transferido facilmente para qualquer parte do mundo, sem a necessidade de intermediários, como bancos ou empresas de remessas. Isso o torna uma solução atraente para transações internacionais e como uma moeda digital global.

Quais as desvantagens e riscos de investir em Bitcoin?

1. Alta volatilidade: o Bitcoin é notoriamente volátil. Em vários momentos, a moeda já experimentou quedas de 30%, 50% ou mais em um curto espaço de tempo. Essa volatilidade pode ser um impeditivo para investidores que buscam estabilidade.

2. Regulação e incerteza jurídica: o Bitcoin ainda enfrenta uma grande incerteza regulatória. Governos ao redor do mundo estão desenvolvendo frameworks legais para criptomoedas e alguns países até baniram o uso de Bitcoin. A falta de uma regulação clara pode impactar negativamente o valor do BTC.

3. Riscos de segurança: embora a tecnologia blockchain seja considerada segura, os investidores podem ser vítimas de fraudes, hackeamentos e perda de chaves privadas (que são necessárias para acessar os Bitcoins). A falta de uma autoridade central dificulta a resolução de problemas, caso algo de errado aconteça. Por isso, é importante, de preferência, transferir a custódia dos seus Bitcoins da exchange ou corretora para uma carteira física (cold wallet) ou digital (hot wallet) e guardar bem as suas chaves privadas.

4. Escalabilidade e consumo de energia: a rede de Bitcoin enfrenta problemas de escalabilidade, ou seja, a capacidade de processar grandes volumes de transações. Além disso, o processo de mineração é altamente intensivo em termos de consumo de energia.

Conclusão

Bitcoin é, sem dúvida, uma revolução no mundo das finanças. A sua proposta de ser uma moeda descentralizada, segura e escassa toca em questões cruciais da economia moderna, como o controle das finanças e a preservação de valor. No entanto, ainda existem desafios significativos a serem superados, como a volatilidade, a regulação e questões de segurança.

Para investidores, o Bitcoin oferece uma oportunidade única, contudo também envolve riscos consideráveis. Como em qualquer investimento, é essencial ter uma compreensão profunda do ativo e da estratégia de longo prazo.

O Bitcoin pode ser tanto o futuro das finanças quanto um experimento arriscado. Uma coisa é certa: este criptoativo continuará a ser um grande tema na evolução do sistema financeiro global nos próximos anos.

Caso você esteja na busca por ajuda para revisar ou montar a sua carteira de investimentos desde o início, saiba que você pode contar com a equipe de experts da Mazi Capital. Para isso, preencha o formulário abaixo descrevendo a sua demanda e nós entraremos em contato para te atender da melhor forma com a solução mais adequada para o seu caso.

Paloma Brum

Head Comercial da Mazi Capital, Economista (Ibmec), Analista de Investimentos CNPI e Consultora CVM com vasta experiência em análise macroeconômica e na alocação de recursos em Renda Fixa e Renda Variável, no mercado brasileiro e no exterior.

Compartilhar esse conteúdo​

Mercado financeiro descomplicado

Do jeito Mazi de ser!

Bitcoin é o ouro digital?

Publicado em 15/01/2025
22 minutos de leitura

Dolarização de patrimônio: por que investir em dólar?

Publicado em 30/12/2024
39 minutos de leitura

Ouro: por que este metal precioso é considerado um porto seguro global?

Publicado em 25/12/2024
45 minutos de leitura

Offshore, Paraíso Fiscal ou corretora nos EUA: qual a melhor forma de investir no exterior?

Publicado em 20/12/2024
46 minutos de leitura